Cafayate, um paraíso escondido na Argentina
- Joana Tibolla
- 27 de mai. de 2024
- 4 min de leitura
Atualizado: há 5 dias
Em uma das nossas viagens a Mendoza conhecemos argentinos que nos aconselharam a conhecer um lugar que classificaram como imperdível e nos fizeram prometer que em breve visitaríamos. Foi assim que Cafayate localizada na província de Salta ao norte da Argentina entrou no nosso próximo roteiro de viagem.
Você já ouviu falar em Cafayate? Essa é uma região vitivinícola no norte Argentino que, além de oferecer ótimos vinhos, apresenta paisagens de tirar o fôlego!

Marcada por cenários desérticos e por uma terra avermelhada, a região é campo fértil para interessantes vinícolas, que produzem vinhos de altitude e que possuem nomes reconhecidos em todo o país e no mundo, assim como hotéis de charme , muitos nas próprias vinícolas e atrações turísticas naturais que parecem de outro planeta.

As estradas que levam até Cafayate são sinuosas, repleta de cores e paisagens majestosas, como a imponente Quebrada de las Conchas, tornam este lugar único.

Dias ensolarados, noites frias e poucas chuvas configuram um clima ideal para a produção de vinhos de altitude.
O melhor Torrontés você vai provar por aqui, vinho típico da região.

Como Chegar em Cafayate
De Avião: O aeroporto mais próximo de Cafayate é o Aeroporto Internacional Martín Miguel de Güemes, na cidade de Salta. De lá, você pode pegar um ônibus ou alugar um carro para viajar aproximadamente 190 quilômetros ao sul até chegar a Cafayate. A viagem oferece vistas impressionantes das paisagens montanhosas da região.
De Carro: Se preferir a liberdade de dirigir, você pode alugar um carro em cidades próximas como Salta e empreender uma viagem de carro até Cafayate. Esse percurso Salta a Cafayate tem cerca de 180km e leva em torno de 2:30h a 3:00 horas dependendo das paradas que forem feitas ao longo do trecho, e acreditem você vai querer parar várias vezes.
Nosso roteiro de carro
Nossa viagem foi feita inteiramente de carro. Saímos de Caxias do Sul e fomos até Corrientes já na Argentina, pela Fronteira de São Borja/ Santo Tomé .
Lembrando que para circular de carro na Argentina é preciso fazer a carta verde, que é um seguro. O carro precisa estar no nome do motorista ou é preciso uma procuração do proprietário para cruzar a fronteira. Na Argentina é proibido transitar com carros que possuam reboque, é necessário levar um pequeno kit de primeiro socorros ( nunca nos pediram) mas não custa levar, 2 triângulos de sinalização, além de extintor.
Chegamos a noite em Corrientes, que é a capital da província de mesmo nome, cidade grande, muitos restaurantes e opção de hospedagens.
No segundo dia nosso trajeto foi Corrientes até Salta.
Salta é uma charmosa capital, conhecida por sua arquitetura colonial espanhola, rodeada por montanhas, com hotéis boutique que são um charme e ótimos restaurantes.

Catedral de Salta.

Plaza 9 de Julio
Jantamos em um restaurante incrível em Salta, o El Braqueano, presente na lista dos melhores restaurantes da América Latina.
No topo da colina, com uma vista panorâmica de Salta, esse restaurante serve um menu degustação sazonal maravilhoso. Indico demais que conheça.

Uma vista linda demais

Nos hospedamos em um hotel, Villa Vicuna Salta muito bem localizado, super charmoso, aconchegante e com um ótimo café da manhã.
Super indico conhecer!

No dia seguinte seguimos para Cafayate, conhecer a região de vinícolas e vinhedos de altitude. Se você tiver tempo, sugiro que fique um dia a mais em Salta, a cidade é grande para se conhecer em um único dia.
Ruta Nacional 68
Para chegar até Cafayate partindo de Salta, percorremos a Rota Nacional 68, que é a principal via de acesso e oferece uma paisagem espetacular ao longo do caminho, com curvas sinuosas e vistas panorâmicas.
Antes de qualquer coisa essa estrada é uma rota cênica: repleta de paisagens desérticas de areia vermelha preenchidas por formações geológicas impressionantes e por comunidades indígenas.
A quebrada de las conchas também conhecida como quebrada de Cafayate, na Rota 68, conta com paisagens incríveis, de cores variadas.


Confira paradas imperdíveis em Quebrada de las conchas:
Garganta del Diabo
El Anfiteatro
Tres Cruces

Alem da Ruta 68 que é a principal rota de chegada até Cafayate, existe a Ruta 40. Porém esta é uma rota com muito rípio, estradas com cascalhos ou seixos, o que a torna muito escorregadia, além de ser bastante estreita, por não estar com um carro 4x4 optamos por não conhecer.
Clima em Cafayate:
Cafayate desfruta de um clima continental árido, caracterizado por dias ensolarados e noites frescas durante a maior parte do ano. Típico clima desértico. Chove muito mais no verão do que no inverno. O mês mais chuvoso costuma ser em Janeiro e Fevereiro. De forma geral, saindo desses meses não chove muito por lá.
Minha viagem foi em julho, dias com temperatura média de 16/ 20 graus e noites mais frias em torno de 8 graus por vezes até menos.
Sugiro que essa viagem não seja feita nos meses de janeiro e fevereiro, por serem meses chuvosos.

Vitivinicultura
Vinhos de altura e beleza conjugam-se nos Valles Calchaquíes, mas mais precisamente na zona de Cafayate, localizada entre montanhas e quebradas que foram testemunhas do crescimento desta região até seu esplêndido presente vitivinícola
.Ladeada pelas Quebradas de las Conchas, com seu popular Garganta del Diablo e custodiada pelos imponentes cerros Tres Cruces e Morales, Cafayate é um lugar majestoso devido à beleza que o rodeia.
Na província de Salta, Cafayate cultiva 70 % dos vinhedos. A variedade mais difundida é o Torrontes, cepa branca emblemática da Argentina.
Em novo post falarei sobre as vinícolas de Cafayate 🍷.https://www.mobileapp.app/to/2ngDYQM?ref=2_cl

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